A primeira quinzena deste mês foi pródiga em inaugurações no nosso concelho. “Campanha eleitoral com dinheiros do município”, disseram uns, “prestação de contas ao eleitorado”, retorquiram outros. Estes são, afinal, os dois argumentos que confirmam a dificuldade da alternância política. Para alegria do povo, “pão e circo” estarão de volta daqui a quatro anos.
Na sobriedade de quatro paredes, os eleitos locais tomaram posse esta semana. Assisti a esse acto, solene pela expressão da vontade popular que representa, na nova sede da Junta de Freguesia do Alqueidão da Serra. Esta foi a verdadeira inauguração da casa de todos os alqueidanenses. Sem pompa, sem circunstância, mas com a dignidade que todos os eleitos colocaram na tomada de posse.
A casa é espaçosa, está bem equipada, confere um bom espaço de trabalho aos gestores da Freguesia e revela-se acolhedora para os cidadãos. Mas, mais importante do que isso, foram as intenções, os votos e os desejos expressos na sessão de tomada de posse dos órgãos autárquicos. Todos têm, apesar da escassez de recursos, o desenvolvimento do Alqueidão e a qualidade de vida dos seus habitantes como centro das preocupações políticas. Com diferentes visões, mas unidos no amor àquela terra.
Trinta e cinco anos depois do 25 de Abril, o Alqueidão inaugura, também, um novo ciclo nos direitos cívicos ao ter, pela primeira vez na sua história de quase 400 anos, uma senhora na Junta de Freguesia, como Secretária.
Pela sua importância e significado, a única inauguração da sede da Junta que ficará para a história desta Freguesia será, pois, aquela que se realizou na passada segunda feira, pelas 21h30.
Votos de felicidades a todos os eleitos.


De Ricardo a 6 de Novembro de 2009 às 00:06
Pa alegria do povo " pão e circo"..... Olhe que o povo também não é assim tão tapado.
Semana pródiga em inaugurações, é obra. E como o Sr joão Salgueiro disse. "Tenho obra feita".
Agora as vozes discordantes deviam de cingir-se aos quês e porquês de cada obra. Alguns exemplos:
Espaço jovem - Melhorou a localização, mas agora o que se faz ao espaço que funcionava de maneira similar, ou seja, ecoteca.
Melhoria da ponte - Alguem alguma vez sentiu transito parado por lá. Em contrapartida a " variante" onde agora passa o transito apresenta problemas, logo secalhar a intervenção por lá era mais importante.
Mesmo que a tal obra de melhoramento da ponte tivesse sido imposta pela EP. Não seria mais funcional dar um puxão de orelhas na dita variante de maneira a que esta recebesse o transito de desvio em melhor condições ( as coisas bem feitas até se conseguia ir buscar umas ajudas boas á EP visto que o melhoramento foi imposto por ela). Basta passar por lá entre as 8:15 e as 9:00 para ver um fluxo de transito
bastante grande para Porto de Mós.
A famigerada casa mortuária - Obra precisa, espaço para a localização condicionado, mas a aparecer onde surgiu vai obrigar a que o mercado saia dali. Então onde vamos colocar o mercado?
outra situação, voce no seu texto faz referência ao novo espaço da junta de freguesia do alqueidão. Não conheço, logo não sei se foi feito de raiz ou se foi remodelado.
Numa visão um tanto mais ampla penso que o Alqueidão deve ter uma escola primária tal como Casais Dos Vales e outras terras por aí que possivelmnete com as politicas do Sócrates na educação(as situações dos transportes, nº de alunos e por aí) deve estar ao abandono. Como tal acho que se devia de pensar o que fazer a estes novos espaços mortos, logo penso que seria mais vantajoso ter aproveitado esse espaço para a nova sede da junta e assim optimizavamos esses espaços evitando assim um olhar de abandono sobre a terra.
É assim que pelo menos eu penso....
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