Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009

Pré-campanha quente

A pré-campanha autárquica, em Porto de Mós como, de resto, em todos os municípios deste país, está a aquecer os ânimos e a extremar posições à medida que o derradeiro dia da votação se aproxima. Cada um usa os expedientes que tem à mão para fazer valer os seus pontos de vista e cativar ou mesmo comprar o voto dos eleitores.

 
          Recebi do PSD de Porto de Mós dois comunicados que indiciam comportamentos socialmente censuráveis e democraticamente pouco saudáveis por parte do actual presidente de Câmara (ver comuniado) e de seus filhos (ver denúncia). A forma de actuar do presidente de Câmara em fim de mandato é já um clássico do político local: abre o cordão à bolsa do município para “comprar” alguns votos considerados estratégicos e procura atirar poeira para os olhos da generalidade dos munícipes, sem olhar a custos financeiros, com pequenas benfeitorias de última hora. De uma maneira geral, usa a máquina municipal em proveito próprio. Faz bem a oposição em denunciar estes casos. Contudo, pedir aos munícipes um voto de castigo por tal comportamento é incitar a um certo sentimento de vingança, igualmente censurável, do meu ponto de vista.
          Quem pode levar a mal que o Joaquim aparentemente se “venda” por um bónus na ligação da água; que o Manuel vá trabalhar, ainda que temporariamente para a Câmara, como geógrafo com tanto desemprego por aí; que as mães da Calvaria (creio que foi na Calvaria que o episódio ocorreu) paguem as refeições das crianças a metade do preço?
          Todos temos o dever de cuidar da nossa família e aproveitar as oportunidades que surjam para manter o seu sustento. Mas a generalidade dos portomosenses são pessoas honradas, com princípios, que não vendem as suas convicções mais profundas por dez reis de mel coado. Tenho, por isso, a certeza que o Joaquim, o Manuel, ou as mães da Calvaria serão verdadeiramente livres quando estiverem sozinhos na cabine de voto e votarão de acordo com os seus princípios e convicções. Salgueiro não estará ali nem para coagir, nem para cobrar o pretenso favor. A consciência cívica dos portomosenses, na sua generalidade, não se compra com favores de um qualquer presidente de Câmara.
          Quanto ao comportamento dos filhos de Salgueiro, ele não faz parte da cultura democrática do partido Socialista, pelo que seria de esperar uma nota de repúdio da concelhia do PS por tal atitude. Não se pode confundir a defesa do interesse geral e a cultura democrática do PS com atitudes provocatórias de um clã familiar que pode estar a usar o partido em proveito próprio.
          NOTA: Tratarei com igual honestidade intelectual qualquer comunicado de Salgueiro ou do PS de Porto de Mós que chegue ao meu conhecimento. Fico na expectativa de saber se Salgueiro e o PS local já lêem blogues...
 

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publicado por Joga às 00:01

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7 comentários:
De Anónimo a 29 de Setembro de 2009 às 01:42
OS FACTOS REAIS

http://www.youtube.com/watch?v=ZgpHsE-s7xI
De Joga a 30 de Setembro de 2009 às 10:06
Este video e estas fotos provam que houve, no minimo, aproximação dos visados do local onde estava a decorrer uma accção de pré-campanha dos opositores do papá. Não confirmam nem desmente as alegações de perturbação provocada pelos visados uma vez que essa parte ou foi cortada, ou não existiu e os visados não têm idoneidade (porque são parte interessada) para que se possa confiar em tal vídeo.
Percebe-se, pela justificação dada, que "foi a ocasião que fez o ladrão". Cresçam meninos, cresçam, vá lá.
De fernando duarte a 27 de Setembro de 2009 às 21:54
desculpe meu amigo que vai fazer sobre um cafe restaurante com nome de o atleta albergaria quem passou a liçença para os vizinhos estarem aturar bebados pancadaria e etnia ciganana com as suas viaturas ou talvez sejam deles ate altas noites e fica muito perto da sua casa nao houve nao se incomoda mas hei de chatear tanto a gnr para por o seu nome em causa o descanso de quem trabalha e bom
e por turnos
mas quem passou a licença deve responder poe isso
De Anónimo a 27 de Setembro de 2009 às 19:22

A gestão da Câmara tem sido calamitosa, tornando o concelho num dos menos desenvolvidos do distrito de Leiria. Não era isto que pretendia quando votei Salgueiro. Pensei que ia acabar com os boys na Câmara, quando verifiquei totalmente o contrário, tendo acrescentado outros tantos aos que já havia. Pensei que a divisão de urbanismo iria melhorar com a sua saída, ficou pior com a presença (às vezes) do arq. Jorge, que só despacha o que lhe apetece. O gabinete dele será que fechou? As finanças do concelho dadas a uma pessoa que sempre foi contabilista e tendo o apoio fiscal do irmão, quando a Câmara precisa de um director financeiro, um profissional da gestão, habituado a estar no terreno, nas empresas e não em 4 paredes. Em 4 paredes, não se desenvolve nada. Teve o seu mérito de ser de rigor, mas porque não paga a horas, sendo rigoroso? Há fornecedores com dívidas a um ano (o Sr. Albino quando não souber pergunte ao Sr. Rui Neves)? E os apoios da união europeia para modernização, não se alcançam porquê, por desconhecimento e incapacidade? E a postura do Sr. Rui Neves, andando embriagado pelas ruas de Porto de Mós. Grande exemplo para os alunos, tendo o pelouro da educação, cultura e desporto. Grande postura a de um homem que um desarranjo amoroso provoca estas coisas. É um homem destes que tutela a educação dos nossos filhos? E o início do ano lectivo no Juncal, quem é que da Câmara apareceu? Quando houve um namorico de crianças de 7 anos até GNR levou, mas para dar apoio às crianças e aos pais fogem. Foi isto que o presidente Salgueiro fez, estando à porta da escola, no dia da reunião para o início do ano lectivo, mas inquirido porque ninguém da Câmara estava lá fugiu e foi embora.
Um homem que não sabe quem é, é complicado para governar um concelho, um dia é do PSD, outro dia é independente, outro é militante do PS. Durante 3 anos e meio não faz nada, em 6 meses apresenta inícios de obra em todas as freguesias. Que política é esta? E os concursos? Esqueci-me de dizer que o Salgueiro esperou que o Sócrates promulgasse a “lei das Câmara Corruptas”, que permite ajustes directos para obras até 5 milhões de euros, para adjudicar as obras aos amiguinhos das empresas de construção e outras. De certeza que foi esta educação que deu aos filhos, ou a do Sr. Rui Neves (pela bebida), para eles boicotarem a apresentação dos candidatos em Mira de Aire. Estas posturas demonstram o tipo de gente que estamos a tratar, e que querem o poder a todo o custo. Mas o povo não é burro, podem calar uma vez, mas a voz dos portomosenses é superior e hão-de falar sempre, e não há-de haver qualquer político que nos há-de calar. Há 4 anos votei Salgueiro, por convicções e por justiça. Votarei Júlio Vieira para cortar com os poderes instituídos e para o desenvolvimento do concelho, para que daqui a 8 anos todos tenhamos orgulho de sermos portomosenses, sendo um expoente de progresso.
De Anónimo a 3 de Outubro de 2009 às 01:46
Isto é uma afronta á crise actual, hoje dia do debate no cine-Teatro de Porto de Mós toda a gente a morrer de calor, sem ar condicionado, e a candidatura "RICA" do Salgueiro apresentou 6 carros novinhos em folha, pintadinhos com o sua candidatura, isto é que é gestão RIGOROSA do seu braço DIRETOO!!!!!
De Miguel a 24 de Setembro de 2009 às 20:34
deve ser do sol.
O seu irmão deve continuar a rir a bom rir ao ler estes comunicados do PSD.Uns e outros não passam de uma garotada que brinca com o futuro das pessoas.
Ainda assim, o Sr. Joga não tem dúdidas em votar PSD desta vez, pena que seja antes votar contra Salgueiro e por motivos meramente pessoais e oportunistas.Ficava-lhe melhor dizer que vota PS no Alqueidão e que na Câmara votaria nulo.Era de Homem e era compreensivel.
De Joga a 24 de Setembro de 2009 às 21:06
Obrigado Miguel pelo seu comentário.
Agradeço também a orientação de voto que procura sugerir-me, mas, como não sou "garoto", penso pela minha própria cabeça. Espero que o senhor faça o mesmo, vote em que votar! Há muito que sei onde votar nas eleições autárquicas e, se tiver paciência e curiosidade, poderá verificar que a sua sugestão só em parte se enquadra no meu pensamento. Abraço

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