Nesta terra de oportunidades alternativas que o vento traz, a energia é um bem decisivo para o nosso desenvolvimento económico e social. O aumento dos custos associados ao consumo de energia e o seu impacto negativo no meio ambiente deveria levar o nosso município a prestar uma atenção especial ao uso eficiente deste bem, estabelecendo uma política energética consequente. A criação do pelouro da energia seria um sinal positivo dessa nova política.
A existência de mais de duas dezenas de agências municipais ou regionais de energia no país, é bem o sinal da relevância do sector energético no desenvolvimento local. Curiosamente, ou talvez não, a ENERDURA - Agência Regional de Energia da Alta Estremadura, com sede em Leiria, é das poucas que não tem um sítio na internet. Outras agências há, como a ENERGAIA - Agência de Energia de Gaia, que pensam e agem na área da energia através da informação que prestam aos munícipes usando a internet como veículo.
Independentemente da falta de uma política energética para o nosso concelho, os cidadãos têm o direito de obter respostas às dúvidas sobre o eventual licenciamento necessário para instalar painéis solares em suas casas, ou sobre o abastecimento de gás natural ou ainda sobre eventuais incentivos para a instalação de unidades de micro-geração, por exemplo.
Assumindo a sua função de defesa do consumidor, a DECO enviou em Abril de 2007 à Câmara de Porto de Mós, como a todas as Câmaras do país, um inquérito sobre a gestão energética das autarquias, mas não obteve qualquer resposta do nosso município. E no entanto, valeria a pena tentar responder àquele inquérito quanto mais não fosse pela reflexão que a formulação das respostas exigiria aos nossos responsáveis autárquicos. Com a criação do pelouro da energia ou sem ele, com as respostas ao inquérito ou em silêncio táctico, a caracterização energética do nosso concelho é o primeiro passo para o desenho de uma política de gestão sustentável da energia e um pilar do nosso desenvolvimento local. |
Como é gerida a energia no nosso concelho?
É este o inquérito que a associação de defesa do consumidor enviou para a nossa autarquia e não obteve resposta:
CONSUMOS E PRODUÇÃO Consumos de energia: Combustíveis usados na frota municipal Energias renováveis: |
GESTÃO Licenciamentos térmico de edifícios: - O município acompanha a aplicação dos novos regulamentos (RCCTE e RSECE)? Instalação de painéis solares: - Existe incentivo financeiro para os munícipes? - É necessário licenciamento prévio? Gestão dos equipamentos municipais: - Iluminação pública |
INFORMAÇÃO AO PÚBLICO Projectos para promover a eficiência energética |
ENERGIAS Freguesias abastecidas por gás natural, total ou parcialmente Instalações de micro-geração |
A valorização do legado cultural que é o Campo Militar de São Jorge constitui mais uma óptima oportunidade para impulsionar o turismo no nosso concelho. A sociedade civil apresenta projectos concretos mas os organismos públicos, autarquias incluídas, parece não serem capazes de vencer uma certa inércia.
13 a 15 de Junho Recriação da Batalha de Aljubarrota Segundo Rogério Maciel, da organização do evento, a "Batalha Medieval 1385" tem como “conceito mobilizador a memória histórica e cultural de Portugal e a sua expressão nos finais do Século XIV. Durante o evento haverá diversas actividades de animação, como sejam as artes performáticas, a música itinerante, um grande mercado etnográfico, e, é claro!, demonstrações históricas, como sejam um torneio equestre medieval, falcoaria, o simulacro da Batalha de Aljubarrota e outros eventos em que o próprio público poderá participar (tiro com arco, danças tradicionais, oficinas musicais, entre outros)." Rogério Maciel adianta ainda que esta actividade, inicialmente prevista para o Campo Militar de S. Jorge, só se vai realizar na vila da Batalha pelo facto do Campo Militar se encontrar em obras. Os organizadores contam com o apoio da Câmara da Batalha, Fundação Batalha de Aljubarrota e outras entidades e empresas que colaboram na iniciativa ao abrigo da lei do mecenato. |
A Fundação Batalha de Aljubarrota e a Ordem da Cavalaria do Sagrado Portugal CRL são duas instituições privadas sem fins lucrativos que, cada uma a seu modo, estão a dar corpo à interpretação e preservação da memória dos acontecimentos históricos que ocorreram no longínquo ano de 1385.
A entrada em cena da Fundação Batalha de Aljubarrota, uma verdadeira “entrada de elefante em loja de barros” criou localmente anti-corpos que levarão tempo a eliminar. Em causa está a delimitação da Zona de Protecção Especial ao Campo Militar e a realização de um plano de pormenor para a zona de São Jorge, a braços, como se sabe, com fortes restrições ao nível da edificação. Um ano e meio depois de ter sido criada, e quando se esperava pela primeira reunião da Comissão de Acompanhamento, apadrinhada pelo Governador Civil e marcada para este mês de Fevereiro, a notícia da entrada em funções do professor Paiva de Carvalho como novo Governador do distrito veio adiar novamente a oportunidade de sólidos compromissos e, sobretudo, o inicio do processo de aproximação de posições entre os habitantes de São Jorge e a Fundação.
Bem mais popular será certamente o propósito da Ordem da Cavalaria do Sagrado Portugal CRL, uma cooperativa de recriação histórica com sede em Setúbal, que está a organizar para os dias 13 a 15 de Junho a "Batalha Medieval 1385" no âmbito do 623º Aniversário da Batalha de Aljubarrota. O evento terá luga na vila da Batalha. (ver caixa)
Temos portanto, dois locais, (Batalha e Campo Militar de São Jorge), dois municípios, duas entidades privadas e um produto de grande potencial turístico: a Batalha de Aljubarrota. Falta, porventura, desenhar um modelo de organização que envolva também as populações e associações locais, mecenas e “media partners” para a realização de uma recriação grandiosa da Batalha de Aljubarrota e seu ambiente histórico. A necessidade do envolvimento dos cidadãos em empreendimentos deste tipo está patente no apelo ao voluntariado feito pela FBA e na permanente campanha de angariação de cooperantes feita pela OCSP. Se houver uma visão mobilizadora dos nossos autarcas este poderá ser, daqui a alguns anos, um evento nacional incontornável e muito interessante também para o turismo de Porto de Mós. A auto-estima da população dos dois concelhos também se alimenta com estes empreendimentos.
Sendo certo que a Batalha de Aljubarrota não é propriedade de nenhuma localidade, associação ou fundação mas património de todos os portuguese, vamos acreditar que surja mais um “milagre” no caminho que liga o Mosteiro da Batalha ao Campo Militar de São Jorge.
Seis meses depois de termos alertado para a necessidade de alterar a política de gestão da água (ver post) o nosso presidente da Câmara anuncia publicamente o lançamento de uma campanha de sensibilização para reduzir o consumo.
A estratégia De acordo com o Programa Nacional, o uso eficiente da água assenta em quatro pilares: A responsabilidade pela implementação desta estratégia é da entidade gestora, no nosso caso, a Câmara Municipal. |
Em declarações à agência Lusa, Salgueiro mostra a intenção de “tentar impedir um Verão dramático” com a abertura de duas novas captações em Serro Ventoso e Juncal e com o reforço da ligação do concelho à rede da Empresa Pública de Águas de Lisboa (EPAL).
Sobre a campanha de sensibilização nada se sabe por enquanto. Mas se ela não for uma ideia vaga com o objectivo único de preparar o eleitorado para aumentos do preço da água ainda este ano, então aguardamos pelo anúncio da adesão do nosso município ao Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água e pela apresentação pública de uma agenda concreta para a promoção da poupança de água e preservação do aquífero.
A escassez de água potável é um assunto cuja gravidade não se compadece com oportunismos ou remoques de carácter político, vaidades ou protagonismos pessoais, antes exige uma actuação competente da Câmara Municipal como entidade gestora do abastecimento público de água assim como a mobilização geral da sociedade portomosense na adopção de novos hábitos de consumo mais racionais e na protecção ambiental activa dos nossos lençóis freáticos. Estamos disponíveis para este movimento e oferecemos, neste espaço de intervenção, o nosso contributo cívico.
Consumo doméstico
Dez dicas para poupar água
Apesar das medidas do executivo municipal, este cenário pode voltar a acontecer em breve. Poupar água também depende de si.(Foto: arquivo JN) |
Cerca de 62% do consumo de água no nosso concelho é atribuído ao uso doméstico pelo que a sensibilização dos munícipes para a necessidade de poupar água, a par de outras medidas da entidade gestora, constitui um objectivo nuclear de qualquer estratégia de comunicação. Por outro lado, o meio escolar é propício para, num contexto pedagógico adequado, fazer passar eficazmente a mensagem da necessidade de poupar água. Já agora reflicta e aproveite, na medida do possível, as dicas que se seguem.
1. Chuveiro
Facto: Um chuveiro gasta entre 6 a 25 litros de água por minuto, consoante o modelo e a pressão da água. Um duche de 15 minutos com a torneira meio aberta gasta cerca de 240 litros de água.
Dica: Se fechar a torneira enquanto se ensaboa e diminuir o tempo do duche para 5 minutos, diminui o consumo em cerca de 80 litros. Um chuveiro com sistema redutor de caudal pode reduzir o consumo em cerca de 80 por cento.
2. Banheira
Facto: As banheiras têm uma capacidade média entre 150 e 200 litros. Encher a banheira para um banho de imersão, equivale a um duche de 15 a 20 minutos.
Dica: Uma forma de poupar água é encher a banheira até metade ou menos mantendo a mesma água durante o banho.
3. Lavatório
Facto: As torneiras de lavatório deitam cerca de 9 litros de água por minuto. 4 lavagens de mãos de 20 segundos equivale a um consumo de 12 litros por dia.
Dica: Lavar os dentes usando um copo com água e a torneira fechada reduz o desperdício. Se colocar uma tampa no ralo do lavatório enquanto faz a barba gasta menos 2 litros de água.
4. Autoclismo
Facto: Um terço da água que se gasta em casa é proveniente das descargas do autoclismo. 10 litros de água são consumidos cada fez que o autoclismo funciona.
Dica: Se colocar uma garrafa de 1,5 litros de água dentro do autoclismo a capacidade deminui. O consumo de água reduz para 8,5 litros por descarga. Outra solução é escolher um autoclismo com duplo depósito, de uso mais racional.
5. Lava-Louça
Facto: Lavar a louça com a torneira meio aberta durante 15 minutos dá origem a um consumo de 100 litros de água.
Dica: Deixe os talheres e pratos de molho dentro da pia antes de as lavar e não deixe a torneira aberta enquanto ensaboa a loiça. Estará a economizar cerca de 100 litros de água.
6. Máquina de Lavar Loiça
Facto: Uma máquina de lavar loiça com capacidade para 44 utensílios e 40 talheres gasta cerca de 40 litros.
Dica: Utilize a máquina de lavar loiça apenas quando estiver cheia.
7. Tanque de lavar roupa
Facto: Uma lavagem com a torneira meio aberta pode significar um consumo superior a 200 litros em 15 minutos.
Dica: Deixe a roupa de molho e use a mesma água para lavar e ensaboar.
8. Máquina de Lavar Roupa
Facto: As máquinas de lavar roupa para além de muita energia, consomem muita água (aproximadamente 100 litros por lavagem).
Dica: Usar a máquina com a carga máxima de roupa e, caso não haja roupa suficiente, escolher o programa “meia-carga” que a roupa ficará bem lavada na mesma.
9. Mangueiras
Facto: São necessários cerca de 230 litros para lavar um carro e aproximadamente 260 para regar um jardim durante 15 minutos.
Dica: Quando decidir lavar o carro, faça-o com a ajuda de uma escova e de um balde. Evite passar horas com a mangueira a correr. Regue o jardim ao fim do dia ou durante a noite.
10. Piscina
Facto: Uma piscina perde 3800 litros de água por mês por evaporação - o que chega para abastecer uma família de 4 pessoas durante um ano e meio.
Dica: Se aplicar uma cobertura na piscina, reduz a perda de água, por evaporação, em cerca de 90 por cento.
Pode ver aqui uma outra peça de comunicação editada pelo Instituto da Água com o propósito de sensibilizar a população para a poupança de água.
Para João Salgueiro, em declarações ao Jornal de Leiria, as obras irão valorizar o turismo de natureza, “uma das potencialidades do concelho”. Cláudia Gomes, 31 anos, arqueóloga e empreendedora, concorda que a ideia da ecovia não é má, “mas tem um erro estrondoso ao isolar o traçado do caminho de ferro do contexto geral, da razão de ser da sua existência.” E questiona se não seria muito mais original e proveitoso contextualizar e explicar | Caminho de Ferro Virtual Pelas particularidades que apresenta, a linha do Vale do Lena ou linha Mineira do Lena faz as delícias dos amantes dos combóios que não se cansam de a recriar virtualmente usando modelos de locomotivas e traçados em 3D. Mais simulações aqui. |
O objectivo da ecovia, diz o presidente da Câmara, é reabilitar um local que teve grande importância na história recente do concelho e da região, dando-lhe uma componente de lazer. Para Cláudia Gomes, este não é o caminho para atingir aquele objectivo, e faz uma comparação: o antigo caminho de ferro da Bezerra é como “uma mulher linda e rica interiormente mas maltratada pelo marido que agora decidiu oferecer-lhe um jardim novo. O caminho de ferro, como a mulher vítima de maus tratos, vai continuar, sem auto-estima, a viver na mesma casa desgovernada e triste”. Esta especialista em gestão cultural é de opinião que se deveria aliar, neste projecto, o lazer à cultura e dá exemplos: “um bom restaurante com os petiscos e licores da zona enriqueceria muito esta ecovia, assim como três ou quatro pequenos albergues de montanha a instalar nos moinhos por exemplo, associada a uma forte promoção dos desportos de natureza e bem estar” seriam elementos interessantes para uma boa gestão dos recursos culturais e naturais daquela área do concelho. Numa apreciação geral ao projecto agora anunciado pelo presidente Salgueiro, fica por saber se esta obra vai ser capaz de atrair turistas do eixo Batalha-Fátima e chamar pessoas de fora. Depois, irão os portomosenses desfrutar daquela ecovia em passeios a cavalo ou mesmo a pé? Que atractivos vai aquela obra oferecer para além da beleza natural da serra que já existe e quem irá fazer a manutenção da infra-estrutura? Finalmente, a questão crucial, o investimento vai trazer retorno ao concelho? | O Caminho de Ferro Mineiro do Lena A extinta linha do Vale do Lena merece destaque pelo impacto económico e social que teve na região. Com pouco mais de vinte quilómetros, viu reconhecido o seu interesse regional, ao ser-lhe concedido o transporte de mercadorias e passageiros.
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"Quem manda na Câmara e no Município é a Assembleia e a Câmara Municipal." ►JOÃO SALGUEIRO, presidente da Câmara a propósito da Petição Online "IMI mínimo", in O Portomosense. | ![]() |
"A falta de cultura democrática e de humildade, são a melhor garantia de que um dia seremos vítimas da nossa própria intolerância." ►JÚLIO VIEIRA, colunista, sobre os "maus exemplos" da governação municipal, in O Portomosense. |
"O ar quente está a ser injectado no tecto e igualmente aspirado em cima." ►JOÃO SALGUEIRO, presidente da Câmara, diagnosticando a necessidade de obras no aquecimento do cine-teatro da sede de concelho, in Região de Leiria. |
"O transtorno é muito grande porque temos de fazer 230 almoços e 80 jantares por dia." ►HUMBELINA JORGE, funcionária do lar da Misericórdia, testemunhando os efeitos da crise da água contaminada, in Jornal de Leiria. |
"É indiscutivelmente uma obra da Junta de Freguesia." ►ALBINO JANUÁRIO, vice-presidente da Câmara, na inauguração da Casa Mortuária de Serro Ventoso, in O Portomosense. |
©Statler & Waldorf são dois personagens da série "The Muppet Show", uma criação de Jim Henson. |
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