O estudo prévio sobre o troço da linha ferroviária de alta velocidade que irá passar pelo nosso concelho constitui a penúltima etapa do processo de decisão. Nesta fase, é irrelevante qualquer posição contra ou a favor do TGV. Defenderão melhor os interesses das populações os autarcas que se posicionarem do lado da solução e não do lado do problema.
O que diz Salgueiro
Convidado a pronunciar-se no âmbito da Associação de Municípios de Leiria sobre os traçados propostos, Salgueiro vota favoravelmente o traçado Leiria-Poente, acompanhando o sentido de voto dos restantes membros da Associação. |
Que corredor vai ser adoptado? Que soluções técnicas? Como evitar pontos críticos? É para responder a estas questões que está em consulta pública o estudo prévio da Avaliação de Impacto Ambiental.
Perante as primeiras dificuldades, o tergiversar argumentativo do nosso presidente da Câmara (ver caixa ao lado) parece querer dizer que o TGV é um bom projecto, mas para implementar em qualquer lado desde que não seja no seu quintal. “Estaríamos ainda na Idade da Pedra se este tipo de pontos de vista tivesse feito vencimento ao longo da História.” -argumenta Carlos André, ex-Governador Civil, em artigo publicado no Região de Leiria.
Salgueiro coloca-se assim, do lado do problema.
João Coelho, autarca do Juncal, sente como ninguém a forte probabilidade do traçado escolhido atravessar a sua freguesia no vale do Juncal que, no seu entender, “é a zona mais rica da região em termos agrícolas”. A sua preocupação é legítima e genuína mas não o impede de acrescentar que concorda com “tudo o que é evolução e faça melhorar o país e a qualidade de vida do nosso povo” e o TGV, no seu entender, insere-se neste conceito.” Por isso, se o comboio passar no vale do Juncal, João Coelho “defende que as pessoas sejam compensadas de forma justa”, lê-se no jornal O Portomosense.
João Coelho coloca-se assim, do lado da solução.
Pelo posicionamento perante a questão, credibilidade e estabilidade argumentativa, não temos dúvidas que o autarca João Coelho defenderá bem os interesses do Juncal e da sua população nas próximas fases do processo de decisão que contemplarão as soluções de pormenor, localização e dimensionamento das medidas de redução de impactes negativos, indemnizações e outras compensações.
Objectivos do TGV
- Reforçar as relações entre Portugal e Espanha, contribuindo para reforçar a coesão económica e social da comunidade ibérica.
- Assegurar a interoperacionalidade das redes ferroviárias europeias de alta velocidade.
- Reforçar a estruturação do Eixo Atlântico, onde nos inserimos, reforçando as relações internas e externas com a Europa e, em especial com Espanha, em torno dos pólos de desenvolvimento nacional sediados em Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro e Porto.
- Facilitar a mobilidade, potenciando novas oportunidades de atracção de investimentos para aqueles pólos.
- Proporcionar uma oferta de transporte ferroviário de qualidade e competitivo em relação ao transporte aéreo e rodoviário com menores impactes negativos para o ambiente.
Impactes Negativos
- Produção de ruído na área que envolve o corredor ferroviário.
- Fragmentação do território.
- Afectação da biodiversidade.
Impactes Positivos
- Diminuição da sinistralidade rodoviária (menos 4 a 6 mortes e menos 94 a 122 feridos graves por ano).
- Redução do tempo gasto em transportes na ordem das 16,68 milhões de horas anuais.
- Redução das emissões de gases com efeito de estufa que contribuem para o fenómeno das alterações climáticas (redução de 85 mil toneladas anuais de dióxido de carbono).
- Melhoria da qualidade do ar.
Albino Januário não fará mais nenhum mandato no executivo municipal por proposta do Partido Socialista. Pelo menos é essa a estratégia de alguns notáveis socialistas do nosso concelho a dois anos das próximas eleições autárquicas e que terá o acordo tácito do actual presidente da autarquia que aspira a novo mandato em 2009.
Recorde-se que Januário terá sido uma escolha pessoal de Salgueiro para a vice-presidência da Câmara. Esta escolha, porém, não terá tido em consideração factores que à medida que o tempo passa, parece estarem cada vez mais a condicionar o futuro político daquele técnico de contas. São conhecidos os antagonismos pessoais entre Januário e alguns notáveis do partido socialista. Estas divergências vêm, como é sabido, dos tempos do PREC (1975) e as tréguas que o exercício do poder tem proporcionado parece terem os dias contados. Por outro lado, a avaliação de desempenho do vice-presidente será pouco mais do que sofrível, desde a pretenciosa preparação técnica ao verdadeiro desastre político de muitas das suas imposições no exercício do poder autárquico. Januário manterá sob ameaça permanente a estabilidade do executivo municipal e os próprios compromissos político-eleitorais da estrutura local do Partido Socialista.
Nesta conjuntura, não constituirá qualquer surpresa que Salgueiro deixe “cair”, no momento que considerar oportuno, o seu actual vice-presidente. Tanto mais que, pelo carácter intempestivo e falta de senso político, Albino Januário será o “bode expiatório” ideal para as eventuais falhas do actual presidente da Câmara.
Suportando esta estratágia, há mesmo quem vaticine o nome de António Carvalho, presidente do CCR de Alqueidão da Serra, revisor oficial de contas e deputado municipal do PS como o substituto natural de Januário no próximo acto eleitoral.
A dois anos do final de mandato, os alinhamentos para a corrida eleitoral parece estarem a dar os primeiros passos. Nesta altura, porém, há apenas uma certeza: Salgueiro tudo fará para renovar o seu mandato pessoal como presidente da Câmara em 2009.
Exmo senhor
João Salgueiro
Pres. Câmara Municipal Porto de Mós
A bem da transparência de processos da Instituição que dirige, teria toda a utilidade que se dignasse esclarecer quais os fundamentos legais que permitem ao Fundo Social dos Trabalhadores da Câmara arrendar a rotunda do Intermaché, à entrada da vila, a uma instituição bancária que aí colocou publicidade. Sendo certo que este procedimento não se enquadra no Regulamento de Publicidade da Câmara Municipal, não é menos verdade que o próprio regulamento, no seu artigo 63, nº2, prevê que as dúvidas suscitadas na sua aplicação "serão resolvidos por despacho do Sr. Presidente da Câmara, o qual poderá solicitar que a Câmara delibere".
Ora não sendo conhecida nenhuma deliberação da Câmara que permita ao Fundo Social obter rendimentos com o aluguer daquele espaço público, resta conhecer os termos do despacho de V. Excia que dará cobertura legal a tal situação.
Porto de Mós, 11 de Setembro 2007
Cumprimentos do
Joga
"A sociedade portomosense vive em clima de conflitualidade." ►FERNANDO AMADO, lider da bancada PS na Assembleia Municipal, in Região de Leiria. | ![]() |
"Alegadas pressões obrigam ao uso do voto secreto." ►TÍTULO Jornal de Leiria acrescentando que proposta foi aprovada pelo PSD na última Assembleia Municipal. |
"Não basta a ribeira estar cheia de silvas, agora é este cheiro." ►LAURA SILVA, habitante de Alcaria, a propósito da fuga de esgotos para a Ribeira da Fornea, in O Portomosense. |
"[O pavilhão multiusos] vai matar o espaço." ►JOÃO NETO, ex-vereador do Urbanismo opondo-se ao projecto Parque Verde para a Várzea da vila, in O Portomosense. |
"[A helipista de Alcaria] pela primeira vez está dotada de equipamento para abastecimento de helicópteros." ►JOÃO SALGUEIRO, presidente da Câmara, anunciando que a "sua" plataforma logística de Alcaria afinal é um posto de abastecimento de combustível, in Região de Leiria. |
"A necessidade de fazer alguma coisa pelos outros, dado o grupo empresarial que tenho e as pessoas que emprego." ►ARTUR MENESES, empresário, justificando a contribuição que deu para o gimnodesportivo da Fonte do Oleiro que foi baptizado com o seu nome, in O Portomosense. |
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