Sexta-feira, 29 de Junho de 2007

Uma escola encantadora

          O blog dos pequenos jornalistas do jardim de infância da Tremoceira é, na blogosfera do nosso concelho, um dos sítios mais bonitos. Este blog é o reflexo de abordagens pedagógicas inovadoras com recurso às tecnologias de informação e comunicação colocadas ao serviço de um projecto educativo concreto: “Descobrir, Contar e Encantar”.
 
          Servido por uma ligação pré-histórica “dial-up”, o Pedro (4 anos) envia com a ajuda da professora, um desenho feito no “paint” para o seu amigo e colega de escola Filipe, da mesma idade, que está doente. "Fiz este desenho bonito para ti. Tem uma bola, porque tu gostas de jogar à bola comigo. Quando tu vieres para a escola e já não estiveres doente, jogamos à bola, se tu quiseres." Cerca de 40 minutos depois, o desenho lá chega ao blog e fica disponível para o Filipe ver em casa. A professora Graça confessa que o “Upload” das fotos e desenhos é feito normalmente de sua casa porque a ligação disponível na escola não serve este propósito.
          Mas estes meninos não comunicam só uns com os outros. Ao abrigo do projecto  "eTwinning" têm frequentemente experiências de comunicação com meninos polacos da mesma idade. A Internet é apenas um veículo. Na horta da escola estão aliás bem visíveis e já com flor algumas plantas resultado do intercâmbio de sementes.
 
          Pequenos Jornalistas, este blog feito a brincar pelos meninos de 3, 4 e 5 anos do jardim de infância da Tremoceira, não cumpre só os objectivos pedagógicos definidos, ele é também uma forma de abertura da escola ao mundo preservando a identidade das crianças e um contributo enternecedor para a sociedade da informação no nosso concelho.
          O nosso presidente-que-não-lê-blogs nem sabe o que anda a perder!
publicado por Joga às 12:46

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Sexta-feira, 15 de Junho de 2007

Licenciamento mais fácil

          As actuais licenças de construção e de utilização dão lugar, a partir de agora, a uma única “autorização de utilização” passada no final da obra. Em contrapartida, as sansões por incumprimento do projecto previamente aprovado podem ir até aos 3 mil euros para técnicos e empresas.
 
          As alterações ao regime jurídico da urbanização e edificação aprovadas no Conselho de Ministros de ontem e que se insere no plano de simplificação dos processos administrativos, vai permitir eliminar os longos períodos de espera que as câmaras municipais infligem a quem constrói ou pretende vender uma habitação depois de ter feito remodelações profundas. Terminada uma construção, a Câmara Municipal terá apenas 15 dias para efectuar uma vistoria. Passado esse período e se a vistoria não tiver ocorrido, o proprietário tem o direito de exigir dos serviços municipais a passagem da respectiva autorização de utilização.
          A partir de agora, qualquer proprietário não precisa sequer de comunicar à autarquia a realização de pequenas obras de pouca relevância urbanística, de conservação do imóvel ou alterações no seu interior. Por outro lado, é exigida uma simples comunicação prévia aos serviços municipais (em vez de uma licença) sempre que o proprietário pretenda efectuar obras de reconstrução com preservação de fachadas ou obras de urbanização em que exista loteamento aprovado. Neste caso, a Câmara tem entre 20 a 60 dias para identificar eventuais irregularidades mas esta diligência não interfere com o início dos trabalhos, pelo que o proprietário tem apenas de deixar correr o prazo.
          Por outro lado, aumenta a responsabilização dos técnicos que assinam os projectos assim como dos responsáveis técnicos pela direcção das obras, estando previsto um reforço de fiscalização antes, durante e depois de concluída a obra. Em caso extremo, a nova Lei chega a prever mesmo uma interdição de exercício da actividade, que pode ir até aos quatro anos, para os técnicos prevaricadores.
          Esta é, sem dúvida, uma boa notícia para os cidadãos mas que tem implicações objectivas na organização dos serviços municipais.
publicado por Joga às 16:40

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Segunda-feira, 11 de Junho de 2007

Prémio de Mérito

          As empresas, autarquias ou trabalhadores que reconheçam activamente o direito ao trabalho de pessoas com deficiência poderão candidatar-se, até ao próximo dia 30 de Junho, ao Prémio de Mérito.

 

          Esta iniciativa que vai já na 12ª edição, é promovida pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional e elege portadores de deficiência que desenvolvam o seu próprio emprego com sucesso. Pretende distinguir também as entidades empregadoras que se tenham destacado na integração de pessoas com deficiência, como as empresas dos sectores privado, cooperativo e público empresarial ou as autarquias locais e organismos públicos que não façam parte da administração central do Estado.
          O prémio consiste na oferta de prestações pecuniárias no valor total de €7.254 para a primeira categoria, €5.642  para a segunda categoria e €4.030  para a terceira categoria, consoante o lugar conquistado.
          As candidaturas são entregues nos Centros de Emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

          O número de candidaturas do concelho de Porto de Mós a este Prémio de Mérito 2006 é directamente proporcional ao estado de sensibilidade social e cívica da nossa comunidade. A candidatura, ou não, da nossa Câmara Municipal a este galardão deveria ser motivo de reflexão sobre a implementação no nosso concelho de políticas autárquicas de integração dos cidadãos portadores de deficiência.

publicado por Joga às 15:09

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Quarta-feira, 6 de Junho de 2007

Um bom exemplo

          As contas da autarquia foram aprovadas “com 12 abstenções entre as quais, inesperadamente, se contou a de Fernando Sarmento, presidente da Junta de Alqueidão da Serra”, refere o Região de Leiria. E caiu um verdadeiro manto de silêncio sobre o significado político da abstenção deste presidente de Junta PS. O incómodo é indisfarçável.

 
          Ora, existe uma grande diferença entre uma sociedade onde as opiniões dependem “do que toda a gente pensa” e outra onde o cidadão, na posição de autarca ou não, acaba por dizer pelo voto “deixem-me dizer o que é que eu penso”. Neste sentido, e talvez sem se aperceber, Fernando Sarmento, o presidente de Junta, deu o seu contributo para dignificar a Assembleia Municipal como areópago democrático do poder local.
          Mas bem vistas as coisas, esta tomada de posição terá uma explicação simples. Basta recordar que na sessão da Assembleia Municipal destinada a discutir o Plano de Actividades e Orçamento o presidente da Câmara, por sua iniciativa e responsabilidade, inscreveu nas receitas prevista da Câmara metade da renda do parque eólico de Alqueidão da Serra. Agora, na sessão destinada a validar as contas da autarquia, figura a totalidade do valor daquela renda como proveito para a Câmara.
          Se sobre o presidente da Câmara pairava primeiro uma certa e fundada esperança, depois o benefício da dúvida acerca da sua capacidade para resolver este diferendo com alguns anos de história entre a Câmara e a Junta de Freguesia de Alqueidão da Serra, esta verdadeira chicana desacredita politicamente João Salgueiro como parceiro negocial. Poderá ser este o significado da abstenção de Fernando Sarmento, o presidente de Junta, na votação das contas municipais. Estranheza, a haver, viria da posição do deputado municipal do PS natural de Alqueidão da Serra e perito em contabilidade que não terá visto o “golpe” e votado ao lado da Câmara, contra as pretensões legítimas da sua própria freguesia.
          De resto, Fernando Sarmento, o presidente de Junta, parece ter agido inspirado em Martin Luther King: “A cobardia pergunta: é seguro? O oportunismo pergunta: é político? A vaidade pergunta: é popular? Mas a consciência pergunta: está certo? E chega o dia em que é preciso assumir uma posição que não é segura, nem política, nem popular mas que tem que ser assumida porque é aquela que está certa.”
          Ao tomar a posição que, no seu entender, é a que está certa para se manter  fiel aos compromissos que assumiu com a população que o elegeu, Fernando Sarmento, o presidente de Junta, merece respeito e admiração dos seus concidadãos. Um exemplo que bem podia ser inspirador para os seus pares.

publicado por Joga às 10:54

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Terça-feira, 5 de Junho de 2007

Argumentário de Maio


 
          “As conquistas são fruto de muito trabalho.”
          ►
JORGE PAULO, presidente direcção ACDR da Mendiga justificando a subida da sua equipa à 3ª divisão nacional do campeonato de FutSal, in O Portomosense.

“Trata-se de um grande avanço tecnológico.”
          ►
JOÃO SALGUEIRO, apresentando os quadros interactivos que equipam a escola EB1 de S. Jorge, in Jornal de Leiria.
“Quadros interactivos já chegaram à três anos.”
          ►
TITULO jornal O Portomosense.
“O investimento previsto para os próximos anos irá aumentar a dívida a curto e longo prazo, mas por um bom motivo.”
          ►
ALBINO JANUÁRIO, vice-presidente da Câmara, justificando a gestão financeira do executivo a dois anos das eleições autárquicas, in O Portomosense.
“Recebemos um euro por cada serviço. Não paga as luvas.”
          ►
JOSÉ FERREIRA, presidente direcção dos bombeiros voluntários de Porto de Mós, criticando as compensações do INEM, in Região de Leiria.

publicado por Joga às 18:51

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