A rotunda do Rossio, no centro da vila, está a ser palco de mais uma intervenção. Este local é campo ideal para o triste espectáculo de ostentação de autarcas desejosos de deixar a “sua marca” na sala de visitas do concelho. Naturalmente à custa do dinheiro dos contribuintes. Até parece um jogo- as MÓS de José Ferreira foram forçadas a dar o lugar ao MOINHO de João Salgueiro e não passamos da cepa torta.
Desde que em Murça (Trás-os-Montes) me disseram um dia, em tom de escárnio, que a duvidosa Porca que se ergue sobre um plinto no centro da praça principal, “era a mãe dos de fora”, fiquei relutante em tornar pública a minha opinião acerca da arte na cidade. Afinal gostos não se discutem e só o tempo decantará o verdadeiro valor de cada monumento.
Deixo por isso de lado a questão estética.
A justificação oficial para esta intervenção no centro da rotunda prende-se com os gastos incomportáveis com a manutenção do monumento. O presidente Salgueiro garante mesmo que os 30 mil euros que a obra irá custar pagar-se-ão a si próprios em 3 anos.
Esta parece ser, contudo, apenas metade da justificação.
Na verdade, se o motivo fosse simplesmente essa nobre missão de gerir bem os recursos financeiros da autarquia, as MÓS poderiam ficar no local fazendo tão somente parte da intervenção aquilo que tornava a manutenção do monumento dispendiosa. Os recursos públicos gastos orgulhosamente no MOINHO com mais de 5 metros de altura poderiam então ser investidos na criação de condições de mobilidade para cidadãos especiais precisamente no centro da vila onde quase todos os passeios precisam de intervenção na zona das passadeiras para peões. Já seria um bom começo.
Esta é seguramente a outra parte da inspiração política do executivo municipal: governar para o próprio umbigo em prejuízo da satisfação das necessidades dos seus munícipes mais vulneráveis.
Porto de Mós, Leiria, 07 Mai (Lusa) - O ex-presidente da Junta de Freguesia de Alqueidäo da Serra, Porto de Mós, foi encontrado morto, vítima de uma queimada, informou hoje fonte do Centro Distrital de Operaçöes de Socorro (CDOS) de Leiria.
José da Silva Catarino, o nosso carteiro-autarca, faleceu. E de repente, à minha memória, vem a imagem deste homem de convicções fortes que amava tanto o seu partido como a sua terra, no giro do correio.
- Oh Ti Zé, traz correio para mim?
- Não, vem amanhen! -costumava dizer às crianças como eu que o interpelavam na esperança de receber a sua primeira correspondência...
Agora, sem sequer ter perguntado por correio, a fatídica notícia fria e crua cai rotineiramente no meu e-mail, como tantas outras. Estou chocado.
O mundo só pode ser
melhor do que até aqui,
quando consigas fazer
mais p'los outros que por tí!
Talvez inspirado neste verso de Aleixo, José Catarino fundou o Centro de Dia, a obra social mais importante da freguesia. O nosso concelho perde um autarca que marcou uma época e que contribuiu, à sua maneira, para o desenvolvimento da nossa terra. Estamos todos mais pobres…
> Debate autárquico - 2ª Pa...
> Debate autárquico - 1ª Pa...
> Ambientalistas contra par...
> Um repto
> Não há factos, só silênci...
> institucional
> fundação batalha aljubarrota
> zonatv
> porto de mós
> guudtime
> trupêgo
> barrenta
> infantil
> cavaleiro da máquina do tempo
> próximo
> alcobaça
> amigo
> like.a.3