Sábado, 24 de Março de 2007

Zona experimental

Ver a experiência!

          A ZonaTV está na Internet em versão experimental. Independentemente do modelo conceptual cuja viabilidade poderá gerar algumas dúvidas, uma coisa é certa: este projecto revela que as tendências da moda tecnológica também são objecto de experimentação na nossa terra, o que não deixa de ser uma agradável surpresa num concelho com tanta falta de iniciativa e visão de modernidade.

 

          É por isso, com inegável simpatia por este projecto que nos atrevemos a tecer alguns comentários.
          Desde logo, focar o projecto na satisfação das necessidades informativas dos habitantes do concelho de Porto de Mós permite reduzir a área de cobertura noticiosa ao nosso concelho. Esta alteração de modelo de cobertura regional para eminentemente local reduzirá drasticamente os custos de produção e abrirá espaço para um tratamento mais acutilante e vivo das notícias, ao ritmo do nosso concelho. Uma consequência da dispersão é o abuso de notícias em "pivôs soltos" e dos chamados "off2" nas sinteses semanais em detrimento da reportagem, ainda que sintética, dos acontecimentos. Já paradoxal é a utilização de bases telefónicas para "colocar no ar"  "vivos" de protagonistas locais, assim como o número de notícias referentes a Porto de Mós (apenas duas em quatro semanas de sinteses: o anúncio da semana cultural e uma reunião sobre prevenção de incêndios).
          Associado a um modelo comunicacional crossmedia (fusão da linguagem escrita e audiovisual) esta ZonaTV estaria mais adequada às necessidades do ritmo da Internet. Para tal basta que haja integração da plataforma digital que suporta a versão online do jornal O Portomosense com esta nova plataforma. Mas esta é uma concepção alternativa.
          Depois é acertada a opção de difusão de conteúdos audiovisuais através do modelo on demand ou a pedido do utilizador e, a nosso ver, constitui um outro desafio, que por certo estará na mente destes pioneiros, a experimentação ocasional da difusão de eventos ao vivo.
          Um projecto desta natureza ganha sempre que procura ser autêntico e original e perde sempre que procura imitar os modelos dos grandes órgãos de TV na Internet. “Pensar local, agir global” como principio, ganha  neste caso um novo significado: Porto de Mós pode ter a melhor televisão local do mundo mas pode também ser o berço de mais um irrelevante e pretencioso projecto de televisão regional. A Internet é apenas o meio de difusão global. 
          Felicidades para os pioneiros e vida longa para o projecto.

publicado por Joga às 17:08

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Quinta-feira, 22 de Março de 2007

Que água consumimos?


          A nossa Câmara Municipal, como entidade distribuidora, não faz da Carta de Bona para o abastecimento seguro de água para consumo humano a sua cartilha fundamental. Esta Carta é adoptada em Portugal pelo Instituto Regulador de Águas e Resíduos cuja aplicação é recomendada a todos os distribuidores de água, e o município de Porto de Mós não é excepção.

 

          Se, por força de uma certa “política da ocultação”, não nos é permitido saber se existe pessoal qualificado e com formação suficiente na gestão de cada componente do processo de qualidade da água desde a captação ao consumidor, tal política deixa a descoberto o verdadeiro desleixo com que o município trata da divulgação dos resultados das análises à água da rede e da sensibilização dos munícipes para que sejam cidadãos conscientes  e tenham um comportamento que minimize a potencial contaminação das origens da água ou a diminuição da qualidade da água distribuída.
          Município e consumidores deveriam partilhar informação relativa à prossecução e à manutenção da qualidade da água através de um diálogo permanente e aberto. No Dia Mundial da Água, este poderia ser, de resto, um compromisso inspirador para a alteração da política do abastecimento de água no nosso concelho.

 



Ver a propósito:
CARTA DE BONA para o abastecimento Seguro de água para consumo humano

 

publicado por Joga às 17:21

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Terça-feira, 13 de Março de 2007

Crise de confiança

          A esmagadora maioria dos nossos leitores não tem confiança nas instituições democráticas que governam o nosso município quando se trata de resolver problemas concretos da comunidade.

          Apenas 9% confia na Câmara Municipal para a resolução de problemas comunitários, subindo esse índice para os 21% quando se trata de confiar na acção das Juntas de Freguesia.
          Seja pela forma como a Câmara trata (ou não) os problemas concretos dos munícipes, seja por motivos de proximidade, o certo é que estes cidadãos confiam mais na sua Junta de Freguesia, apesar do espartilho financeiro a que as Juntas estão submetidas por opção política do executivo municipal.O apreço do "nosso" ministro dos Negócios Estrangeiros, Luis Amado, pelo trabalho dos presidentes de Junta  expresso na inauguração da sede da Junta de S. João, parece estar a fazer escola.

         Mas os resultados não deixam dúvidas: 70% dos votantes apenas confiam na sua própria iniciativa individual para resolver os problemas da nossa terra. Este valor reflecte, por um lado, os movimentos de cariz bairrista que vão animando as nossas freguesias na senda de algum progresso e, por outro lado, poderá significar inconformismo perante a falta de respostas adequadas dos nossos governantes locais que interpretam o cargo como uma sucessão de actos administrativos, burocráticos e de representação sem grande valor aos olhos dos cidadãos.
          Enfim, não sendo surpreendentes, estes resultados são um estímulo à reflexão.

publicado por Joga às 11:54

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