No confronto autárquico que já começou, Júlio Vieira, candidato do PSD, vence claramente a primeira parte do debate com João Salgueiro, actual presidente da edilidade e candidato pelo PS. Carlos Silva, pelo CDS-PP e Luis Carreira, pela CDU chegaram tarde e revelaram falta de preparação para ocupar a cadeira da presidência da Câmara. O confronto aconteceu no passado fim de semana da rádio Cister de Alcobaça.
A primeira parte deste debate que hoje analisamos ficou marcada por uma polémica inútil com Salgueiro a fazer “batota” tentando arrancar uma “grande penalidade” do adversário. Ainda bem que não se tratou de um encontro de futebol porque, se assim fosse, Salgueiro teria sido expulso do jogo por falta de fair-play e de espírito desportivo.
Logo no inicio do debate Salgueiro vai “às canelas” de Júlio Vieira acusando-o de não saber fazer mais nada que não seja escrever num jornal a dizer mal de tudo e de todos. Vieira não acusou o toque e continuou, determinado, a expor a sua análise dos problemas do concelho e as soluções que propõe. Depois foi a vez de Salgueiro expor as suas propostas e iniciou uma alocução mal articulada e, a espaços, contraditória nos termos.
À primeira réplica do seu oponente, como num jogo de futebol, Salgueiro “atira-se para o chão” a simular a falta que não existia dizendo que era ele quem estava no uso da palavra e que não admitia interrupções ameaçando ir-se embora. À falta de melhor argumento, refugiou-se em formalismos estéreis para condicionar o debate. Ora um debate radiofónico não é uma Assembleia Municipal e aqui, mais do que o uso da palavra-pela-palavra, esperava-se que Salgueiro nos desse a sua visão do concelho e que nos dissesse o que se propõe fazer se for eleito, naturalmente confrontando as suas alegações com as dos outros candidatos num processo de salutar, viva e democrática interacção entre os concorrentes ao acto eleitoral. Júlio Vieira nunca excedeu os limites nem nos remoques nem nas alegações. Jogou limpo mas com alguma "virilidade" no campo das palavras e das ideias. Salgueiro, mal acusava o "toque" simulava uma agressão e "atirava-se para o chão". Uma fita. Esteve mal a moderadora que, qual árbitro, deveria ter mostrado um “cartão amarelo” a Salgueiro por simulação de falta.
Este comportamento de Salgueiro voltou a registar-se por mais duas vezes e gerou uma polémica estéril que apenas procurou cobrir, qual cortina de fumo, a preparação, as propostas, o brilho e a vivacidade que Júlio Vieira emprestou ao debate. Salgueiro revelou-se tão mal preparado como os candidatos da CDU ou do CDS-PP, apenas demonstrando mais experiência numa certa forma burocrática e antiquada de gerir o concelho, tal e qual como os antigos mestres de obras.
Todo o debate aqui:
1ª Parte | FOTOS E SOM cortesia Rádio Cister | 2ª Parte |
De Rui Gabriel a 11 de Setembro de 2009 às 14:10
Adorei as "escaramuças". Um diz que o outro não faz nada, só escreve num jornal a dizer mal. O outro responde que o primeiro não faz nada, que só anda na caça e pesca.
O interessante é que o primeiro fica muito indignado por ouvir de volta o mesmo tipo de argumento que ele mesmo usou e, mais interessante ainda é o segundo pedir desculpas.
AHAHA, adoro a política!! Divertidíssimo. Quando é o próximo debate?
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