Qualquer jovem que se matricule este ano no 10º ano em qualquer escola do nosso concelho, como do país, tem a partir deste mês de Setembro, a oportunidade de possuir um computador portátil e uma ligação à Internet em Banda Larga, fixa ou móvel, em condições verdadeiramente excepcionais. Um bom incentivo para o regresso às aulas.
- Eu quero!
Para adquirir um computador ao abrigo desta iniciativa, basta preencher a Ficha de inscrição. Para tal é necessário um código de validação, obtido na escola onde o aluno se vai matricular (10º ano) e o professor lecciona ou no Centro Novas Oportunidades onde o formando está inscrito.
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Esta medida do Plano Tecnológico do governo prolonga-se para os próximos 3 anos e contempla também todos os professores do ensino básico e secundário assim como todos os formandos do programa "
Novas Oportunidades” para os quais a entrega de computadores já está a decorrer. O objectivo do governo é proporcionar a mais de 500 mil portugueses a entrada no universo das novas tecnologias desenvolvendo a Sociedade de Informação. O projecto é financiado pelos operadores de telecomunicações móveis (TMN, Optimus e Vodafone) como contrapartida pela atribuição das licenças UMTS (comunicações de 3ª geração).
Mesmo que do lado do nosso Paço do Município não surja nenhum sinal que permita descolar da imagem de info-exclusão assumida no epitáfio patético “eu não leio blogues!”, o nosso concelho não deixará de fazer com sucesso o caminho da construção da Sociedade de Informação, por iniciativa e vontade dos cidadãos. Esta é, pois, mais uma oportunidade para quem a puder agarrar.
E se de repente lhe oferecerem um computador... isso é impulso tecnológico!
O Governo aponta o caminho e a sociedade segue-o. Neste caso, e de acordo com o meu entendimento do papel do Estado na sociedade, há uma ligeira ultrapassagem da sua competência. O propósito é positivo e salutar mas quando há borlas há sempre excessos e abusos.
No caso portomosense assistimos a uma inversão de papeis. A comunidade avança pelas novas tecnologias e a edilidade fica para trás. Mas mais tarde ou mais cedo voltarão com a palavra atrás. Como diz o povo Burro não é quem não sabe, mas sim quem não quer aprender.
De
Joga a 2 de Setembro de 2007 às 02:30
Caro Paulo
Em relação a esta medida do governo ao abrigo do Plano Tecnológico, do que se trata, do meu ponto de vista, é de uma visão verdadeiramente de futuro. Não se trata portanto de "borlas" mas tão só de um compromisso social que as empresas vencedoras do concurso de licenças UMTS assumiram com Portugal. Na verdade, colocavam-se, na altura do concurso, duas alternativas:
1. Fazer com que os vencedores pagassem ao Estado uma caução de milhões para poderem usufruir de um bem escasso que é o espectro radioeléctrico nacional, tornando mais difícil (pela descapitalização das empresas vencedoras) a rentabilização do negócio e o sucesso da Sociedade de Informação no nosso país.
2. Baixar significativamente o valor dessas cauções mas tendo como contrapartida a obrigatoriedade dos operadores vencedores do concurso a assumirem um compromisso social para o desenvolvimento da Sociedade de Informação.
Legitimamente foi este último o modelo de concurso escolhido pelo nosso governo (já não sei de que cor política ele era quando tomou esta decisão, nem isso é relevante, penso eu). Acresce que um e outro modelo constituiram opção dos diferentes países europeus mas o modelo de concurso escolhido por Portugal para a atribuição das licenças UMTS parece ter sido aquele que trouxe mais benefícios para os cidadãos e para a Sociedade de Informação dos países onde ele já está a ser implementado.
Cumprimentos
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